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« Dias das Bruxas » e « Dia de todos os santos »




Sem dúvida, se existir católicos entre os leitores de meus estudos, é possível que ache que existe uma obsessão nos meus últimos estudos visto que viso práticas católicas.


Eu irei incorporar duas referências neste estudo – o chamado Halloween e o “ dia de todos os santos” – eu sei que para muitos católicos se calhar acham como se estas duas festas fossem completamente paradoxas. Mas o caso é bem diferente, a mudança de um dia do Halloween no 31 de Outubro e a festa católica exatamente no dia seguinte, não faz da festa uma nova festa quando as práticas são “emprestadas” da anterior.


Halloween ou “dia das bruxas” é uma festividade de origem céltica chamada de “Samhain”, esta festividade era realizado para abraçar a colheita e iniciar o período mais escuro do ano. Os celtas acreditavam que o aumento do período noturno do dia, era equivalente ao fragilizar da barreira que separava o mundo físico do espiritual.


Na forma original desta festa, fogueiras eram realizadas em que eram deixadas a fogo brando durante a colheita e no fim da colheita sacrifícios e rituais acompanhados pelos druidas eram realizados nesta mesma fogueira com o auxílio de uma roda – esta representando o sol.


Visto que os celtas acreditavam que devido a fragilidade da barreira entre o mundo espiritual e físico se tornava quase nula nesta festividade, eles se mascaravam com o objetivo de afastar os espíritos moribundos dos falecidos e monstros e igualmente deixavam ofertas fora das vilas para as fadas dos campos e os monstros das florestas.


Celtas acreditavam que embora estes espíritos que passavam para do mundo espiritual para o nosso pudessem destruir colheitas inteiras, ao mesmo tempo acreditavam que os druidas ao consultar estes espíritos pudessem assim fazer predições do futuro.


Durante os tempos mediáveis, estas fogueiras pessoais começaram a se tornar fogueiras da comunidade com o objetivo de afastar fadas e bruxas- em que as famílias usavam de lanternas que mais tarde acabou por se transforma a tradição de decorar aboboras iluminadas.


Nesta celebração era costume a comunicação com os mortos, através do que era chamado de “ceia muda”, onde a família realizava uma refeição adicionando cadeiras para os falecidos que desejavam partilhar a refeição e não falavam uma única palavra toda a refeição – com o receio que de fato não fossem seus familiares “sentados” a mesa mas sim espíritos maus.


O costume de bater as portas das pessoas e dizer “doçura ou travessura” embora esta expressão varie de pais a pais, era realizado pelos pagãos celtas com o objetivo de cantar para os espíritos dos familiares dessa casa – e o proprietário da casa normalmente oferecia um doce em agradecimento e em caso de não o fazer, este grupo realizaria uma travessura com o objetivo de destabilizar o espirito familiar e trazer ma sorte a essa casa.


Nas últimas décadas, o retorno a tradição original desta festa tem sido realizada pelos espiritas Wicca e “Reconstrucionistas Celtas” que a celebram com o ano novo céltico – a moderna religião satânica, adotou esta celebração como seu feriado com objetivo de abraçar a escuridão pessoal.


Por volta de 43 D.C, quando o império romano consegui dominar as regiões celtas e os seus 400 anos de domínio, foi realizado um sincronismo entre a festa de Halloween e duas festas romanas (antigos impérios politeístas, possuíam a mesma pratica de sincronismo – adotando divindades ou festividades estrangeiras com o objetivo de facilitar a assimilação do povo conquistado).


Uma delas a festa de Feralia no fim de outubro onde os Romanos festejavam a passagem dos mortos para Hades e o segundo foi a festividade de Pomona (deusa romana das arvores e frutos), visto que Halloween também era uma festa céltica da colheita tal permitido o sincronismo dos dois.


Em 609 D.C o papa Bonifácio IV estabeleceu o 13 de Maio como sendo o “ o dia de todos os mártires” na igreja ocidental do império, que mais tarde foi alterada pelo papa gregório III para o “dia de todos os santos” e transferida para o dia apos Halloween.


Por volta do seculo 9, a influência da igreja católica já era bem estabelecida nas terras célticas, e para facilitar o “abandono” destas festividades pagãs – foi estabelecido no dia 2 de Novembro como o “dia de todas almas” dedicado a honra dos mortos que é contrario as escrituras em Levíticos 19:31;Deuteronomio 18:10-11; Isaías 8:19 – 22 e etc.


Este dia de “todas as almas” era celebrado identicamente com a antiga Samhain ou atual Halloween - com fogueiras e as pessoas se mascarando imitando os mortos, anjos e demónios – Nas línguas saxo-germanicas esta festividade católica era chamado de All-hallowmas/ Alholowmesse que significa “todos os santos” que hoje é transformado em Halloween.


A “ceia muda” céltica com o tempo foi alterada para o que é chamado em muitos países de “bolos de almas”, que é uma pastelaria doce destinada a ser oferecida como uma promessa de rezar pelos as almas dos familiares.


Na américa central é tradição de fazer o “pan de muerto” ou pão dos mortos na celebração do dia dos mortos.


Tanto que na própria Itália, eles possuem um doce tradicional chamado de “Ossi di Morto” que significa “ossos do morto” em memoria tradicional dos mortos.


A igreja católica procurou estabelecer as mesmas praticas em apenas mudando alguns detalhes como o dia, culinária ou termos – contudo a celebração continua a mesma, desde de os seus tempos celtas ate ao sincronismo do império romano entre festividades celtas e romanas e ao sincronismo católico.


Embora exista mais praticas tradicionais entre os celtas e atual igreja católica, em muitas comunidades católicas existe a pratica de os casais se casarem no “dia de todas as almas” em que nos tempos celtas existia de fato a leitura de futuro de jovens mocas para determinar qual seria seu futuro esposo. Embora a prática em si possua diferenças, o contexto final é muito próximo para simplesmente ignorar o possível sincronismo.


Embora hoje Halloween tenha se transformado como uma festa comercial e muito explorada nas artes e filmes, um ponto comum é o culto dos mortos.



Esta prática global em todas as religiões antigas existe esta forma de celebração em memória de familiares mortos ou mesmo a morte de deuses.


  • · Os celtas possuíam Samhain – Atual Halloween

  • · Romanos possuíam Feralia e Pomona.

  • · América central possui a “dança dos diabos” em memória dos mortos em Halloween, esta prática do “dia dos mortos” pode ser encontrada ate os astecas nesta região.

  • · Na Polonia Medieval ainda era realizada a festa de Andrzejki, que era uma festa de adivinhação para determinar o futuro marido, gatos e comunicação com espíritos era comum.

  • · No Haiti, população na sua tradição vodu possuem a festa de Ghede para a divindade vodu dos mortos “Baron Samedi” – do mesmo modo era celebrado como o ano novo vodu como era também o Sanhaim para os celtas- a celebração e comunicam com os mortos é o tema principal desta festa.


  • · Na religião celta, o 1 de Novembro era chamado de “La Mas Ubhal” – dia da maça- que facilmente associado com a festa romana dedicada a Pomona, a deusa das árvores e fruta – é possível ver nos dias de hoje a origem de tradições culinárias com maças na festividade de Halloween.

  • · Nas tribos nativas americanas, existe o dia da “A lua de luto” em reverência a entrada do período em que os dias se tornam mais pequenos – celebrando o ciclo da vida e morte.

  • · Na mitologia norse este dia é chamado de Einherjar, uma festividade em memória dos familiares mortos que eles acreditam que sentaram no hall de Ódin em Vahalla.


Não descarto a possível associação deste mesmo tipo celebrações na região oriental, contudo no que toca a muitas práticas antigas do medio oriente, as atuais descobertas ainda não nos foram dadas todos os detalhes com exempção das grandes 3 festividades da mitologia babilónica.


Contudo é bem visível o sincronismo entre as festividades católicas e as festas pagãs da antiguidade, alem da comprovada transgressão dos mandamentos de Deus nestas festas.


  • · Tanto o ato de cultuar Deus usando as mesmas abominações que os pagãos realizavam

  • · Como o culto dos mortos e divinação que são proibidos pelas Escrituras.


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