Talmud Bavli – Relações proibidas ✔
- Magen Avraham
- 20 de mar. de 2021
- 5 min de leitura

Vamos agora discutir o tópico das relações proibidas de um ponto de vista rabínico, sei bem que é possível que tal não agrade que analise este ponto através de literatura judaica, mas acredito que é bem possível encontrar sabedoria entre os nossos irmãos judeus e na rigidez de seus ensinamentos (do momento que saibamos usar de discernimento) do mesmo modo que tal rigidez é encontrada entre os puritanos – tais visões ideológicas podem ser de grande influência no desenvolvimento de nosso serviço divino.
Talmud tem tendência a decretar o roubo como o pecado predominante do ser humano, tal possa ter sido visto segundo a precaridade daquela época e de algum modo eu diria que a mentira/falso testemunho seja o pecado predominante de nossos dias, contudo que a visão de roubo rabínica seja de algum modo extrema – acredito que sem dúvida o desejo sexual seja especialmente nos nossos dias o segundo pecado mais explorado pelo ser humano.
"a maioria das pessoas é culpada de roubo e uma minoria de relações ilícitas" (Bava Basra 165a).
Os pontos que o Talmud analisa a seguir, são fatos que estou verdadeiramente de acordo com a visão deles, sem dúvida muitas vezes nos focamos apenas no pecado descrito na Torah em suas letras bem distintas – e falhamos no estudo que nos leva a cair em tal pecado.
"não te chegues para descobrir a nudez" (Vayikra/Levíticos 18: 6).
Os sábios judeus procuram chamar a atenção que não só o ato sexual é pecado mas sim a busca ou aproximação a ele, algo que nosso Rabino Yehshua/Jesus e o Brit Hadasha nos chamou atenção.
Mateus 5:28 Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.
Tiago 1:14-15Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.
Verão que no comentário rabínico desmontado a seguir, que ele faz nada mais do que expandir nas palavras que nos foram ditas por Yehshua e seu irmão Tiago/Yaacov, se de fato nos focarmos apenas na letra da Torah/Lei – na tentativa de justificar andarmos nas áreas cinzentas entre o mandamento, veremos que a logica não justifica tal posição e muitos menos as Escrituras segundo o Espirito da Torah.
"Diz o Santo, bendito seja Ele, 'não diga, já que é proibido para mim ter relações sexuais com uma mulher, vou abraçá-la e ser livre de pecado, vou acariciá-la e ser livre de pecado, eu a beijarei e ficarei livre do pecado '. Diz o Santo, bendito seja Ele, -' assim como quando um Nazir faz um voto de não beber vinho, ele também está proibido de comer uvas ou passas, suco de uva diluído , ou qualquer coisa derivada da videira, assim também, para uma mulher que não é sua esposa, você está proibido de tocá-la de qualquer forma. Qualquer um que tocar em uma mulher que não seja sua esposa traz a morte para si mesmo ... '"( Shemot Raba 16: 2).
Eles ensinaram ainda: "'te guardareis de todo mal' (Devarim 23:10) [isso ensina] que não se deve olhar atentamente para uma mulher bonita, mesmo que ela seja solteira, ou para uma mulher casada, mesmo que ela seja feia "(Avodah Zara 20b).
Os autores rabínicos e comentadores judaicos, salientam bem esta necessidade de atenção das intenções de nossas ações, ao qual nosso Rabino Yehshua nos tinha falado em Mateus 15 na purificação de nossos corações que influencia nosso Atos e Palavras – Nisto os judeus falam múltiplas vezes nos seus escritos – devo salientar a infelicidade que a supremacia de argumentos para o homem ter atenção nas suas palavras diante as mulheres, leva em seus ensinamentos de esquecer as advertências do mesmo modo a mulher (ao contrario como vemos este aspeto salientado no Brit Hadasha em Titus 2 e Efésios 5) e a mesmo ser degradantes diante a mulher em certos comentários extremos em relação “perigosidade” da mulher (tais comentários preferi não expor neste estudo, e apenas deixar aqueles que parecem ser de alguma utilidade ou similaridade com as escrituras).
"quem fala excessivamente com uma mulher atrai o mal" (Avot 2, 5).
"mesmo aquele que ouve e permanece em silêncio, como está escrito '[A boca de mulheres estranhas é como um poço profundo;] aquele que é odiado por D'us cairá nela" (Shabat 33a).
No seu global o Talmud analisa a postura do homem em conversa (sobretudo relativo a obscenidade) especialmente diante mulheres, pois consideram que a conversa obscena ou brincadeiras indecentes são ferramentas que a inclinação maligna usa para empurrar o Homem em direção a pecados sexuais; eles usam o exemplo do Nazir (voto nazareno) como exemplo “mestre” de como não é só proibido a interdição escrita mas também o círculo cinzento de atos, pensamentos e sentimentos que possam estar conectados ao mandamento escrito – neste caso a relações ilícitas.
É engraçado como as palavras de nosso Mestre Yehshua, possam em parte ser vistas tao claramente na literatura rabínica (e em outros casos não) – Yehshua e os escritos dos apóstolos, em sua maioria demonstram a exploração do lado prático da Torah e como a prática e estudo dela é elevada quando analisamos não só seguimento do mandamento explícito, mas sim também quando analisamos a sua observância não só em atos mas em pensamentos e sentimentos.
A respeito do "pensamento" os sábios j mencionaram na Baraita: "'você deve se proteger de todo mal' (Devarim 23:10) - A partir daqui R. Pinchas b. Yair disse que uma pessoa não deve ter pensamentos [impuro] em seu coração, e assim levar a si mesmo a ter impureza à noite (Ketubot 46a).
Eles ainda disseram: "pensamentos de pecado são piores do que o próprio pecado" (Yoma 29a) e as escrituras dizem explicitamente: "pensamentos maus são uma abominação para D'us" (Mishlei 15:26).
Um professo crente em Yehshua, vera sem duvida algum ponto comum entre o Brit Hadasha e os escritos talmúdicos sobre este assunto, sim de fato muitos homens confessaram que a maioria de seus pensamentos indecentes ocorreram na solitude de sua casa ou entre os lençóis macios de seu leito. De fato, sabemos também de experiencia para muitos, que estes momentos de pensamentos impuros não só afetam o momento, mas muitas vezes o nosso próprio consciente e o conteúdo de nossos sonhos.
Por isso a restrição não apenas do pecado de relações ilícitas, mas sim toda conversa ou pensamento impuro, mapeado o caminho que levara ao ato explicito.
Temos falado sobre dois pecados graves que as pessoas estão perto de tropeçar em seus galhos devido à multidão desses galhos e devido à grande inclinação do coração de um homem para com eles devido à sua luxúria, fornicação e cobiça são pecados que andam de mãos dadas – e não existe futilidade nenhuma no estudo de advertências neste assunto – quer seja de fontes cristas e judaicas.
De fato decidi criar esta categoria de estudo no meu blog, para essa finalidade, para que possamos entender as diferenças e similaridades entre os ensinamentos de ambos lados – para que em discernimento cada um possa crescer na fé nazarena, cujo fundamento é no Messias mas cuja raiz é hebraica.
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