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Argumento Moral da Existencia de Deus - Parte 4

Uma variedade de argumentos foram desenvolvidos de que Deus é necessário para explicar a consciência humana da verdade moral (ou conhecimento moral, se alguém acredita que essa consciência moral equivale a conhecimento). Richard Swinburne (2004, 218), por exemplo, argumenta que não há “grande probabilidade de que a consciência moral ocorra em um universo sem Deus”.


Na visão de Swinburne, as verdades morais são verdades necessárias ou verdades contingentes que são fundamentadas em verdades necessárias. Por exemplo, é obviamente contingente que “É errado lançar uma bomba atômica em Hiroshima”, já que é contingente que exista uma cidade como Hiroshima. Mas pode-se sustentar que essa proposição é verdadeira (supondo que seja) por causa de alguma outra verdade, como “É errado matar humanos inocentes intencionalmente”, que é universal e necessariamente verdadeira. Swinburne não acha que um argumento baseado em fatos morais como tal seja poderoso. No entanto, o fato de nós, humanos, estarmos cientes dos fatos morais é surpreendente e exige uma explicação.


Pode ser verdade que criaturas que pertencem a grupos que se comportam de forma altruísta terão alguma vantagem de sobrevivência sobre grupos que não possuem tal característica. No entanto, as crenças morais não são necessárias para produzir tal comportamento, pois é claro que “há muitas espécies de animais que são naturalmente inclinadas a ajudar outros de sua espécie, e ainda assim não têm crenças morais”. (Swinburne 2004, 217).


Se Deus existe, ele tem “razões significativas para criar seres conscientes com consciência moral”, uma vez que seu propósito para os humanos inclui tornar possível para eles escolherem livremente o bem sobre o mal, uma vez que isso tornará possível para eles desenvolverem uma relação com Deus. Swinburne não acha que esse argumento forneça evidências muito fortes da existência de Deus por si só, mas sim que fornece algum suporte indutivo para a crença em Deus. É um dos vários fenômenos que parecem mais prováveis ​​em um universo teísta do que em um universo sem Deus. À medida que consideramos cada vez mais tais fenômenos, será cada vez mais improvável que “todos ocorram”. (ibid, 218) Todos esses argumentos indutivos juntos podem fornecer suporte substancial para a crença teísta, mesmo que nenhum deles por si só seja suficiente para a crença racional.


A versão do argumento de Swinburne é bastante breve e pouco desenvolvida, mas algumas afirmações que poderiam ser usadas para apoiar uma versão mais desenvolvida do argumento (uma que será descrita abaixo) podem ser encontradas em um artigo bem conhecido e muito citado de Sharon Street (2006). O argumento de Street, como o título indica, não tem a intenção de apoiar um argumento moral para o teísmo. Ao contrário, seu propósito é defender teorias metaéticas antirrealistas contra teorias realistas que veem a verdade moral como “independente da postura” das atitudes e emoções humanas. Street apresenta ao realista moral um dilema colocado pela questão de como nossas crenças avaliativas humanas estão relacionadas à evolução humana. Está claro, ela acredita, que a evolução moldou fortemente nossas atitudes avaliativas.


A questão diz respeito a como essas atitudes se relacionam com as verdades avaliativas objetivas aceitas pelo realista. Se o realista sustenta que não há relação entre tais verdades e nossas atitudes avaliativas, então isso implica que “a maioria de nossos julgamentos avaliativos está fora do caminho devido à influência distorcida dos processos darwinianos”.


A outra alternativa para o realista é afirmar que existe um relacionamento e, portanto, não é um acidente ou milagre que nossas crenças avaliativas acompanhem as verdades objetivas. No entanto, essa visão, afirma Street, é cientificamente implausível. Street argumenta, portanto, que uma história evolucionária sobre como chegamos a fazer os julgamentos morais que fazemos mina a confiança na verdade objetiva desses julgamentos. O argumento de Street é, obviamente, controverso e pensadores como Erik Wielenberg (2014) argumentaram contra os argumentos de desmascaramento evolucionários. Ainda assim, muitos consideram tais argumentos problemáticos para aqueles que querem defender o realismo moral, particularmente quando desenvolvidos como um argumento “global” (Kahane, 2010).


O argumento de Street também foi contestado por críticos como Russ Shafer-Landau (2012). No entanto, seu argumento e argumentos semelhantes foram reconhecidos por alguns realistas morais, como David Enoch (2011) e Erik Wielenberg (2014) como um problema significativo para sua visão. Enoque, por exemplo, embora ofereça uma resposta ao argumento de Street, evidentemente tem algumas preocupações sobre a força de sua resposta. Wielenberg, para evitar a crítica de que em um universo não-teísta seria extremamente afortunado se a evolução selecionasse a crença em valores morais objetivamente verdadeiros, propõe que as leis naturais que produzem esse resultado podem ser metafisicamente necessárias e, portanto, não há elemento de sorte.


O que eu tento dizer aqui é muito simples, ou antes vou dize-lo de uma forma mais simples.

A proposição de Darwin na sua teoria da evolução é a seguinte, que mutações foram sendo realizadas em cada espécie desenvolvendo essas espécies de modo a estarem mais adaptadas a sobrevivência no seu presente meio ambiente (alimentação, reprodução, predadores etc.) - a chamada sobrevivência do mais forte.


Contudo "valores morais" são uma contradição à "sobrevivência do mais forte" - por exemplo, se um leão encontra um um grupo da mesma espécie de leoas e um leão alfa, este leão confronta o leão alfa para tomar o seu lugar e possuir acesso a todos os benefícios do grupo coletivo para sua sobrevivência - isto é sobrevivência do mais forte darwinista.


Contudo esta mesma situação transferida para um contexto humano, podemos claramente dizer que seria contraria ao conceito de "valores morais" - por isso em si mesmo a existência de consciência é contraditória ao evolução darwinista.


Logo a questão se pousa, que se a existência de valores morais não é uma opção natural ao "mundo natural" - logo sua existência teve que vir de uma entidade sobrenatural - algo que é explicado na biblia em contraste de depravação natural da carne no mundo "natural".



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