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Argumento Moral da Existência de Deus - Parte 2

Algo que se assemelha a um argumento moral para a existência de Deus, ou pelo menos um argumento de valor, pode ser encontrado no quarto dos “Cinco Caminhos” de Tomás de Aquino (Aquinas 1265-1274, I, 1, 3).


Aqui Tomás começa com a afirmação de que entre os seres que possuem qualidades como “bom, verdadeiro e nobre” existem gradações.


Presumivelmente, ele quer dizer que algumas coisas boas são melhores do que outras coisas boas; talvez algumas pessoas nobres sejam mais nobres do que outras que são nobres. Com efeito, Tomás de Aquino está afirmando que, quando “classificamos” as coisas dessa maneira, estamos, pelo menos implicitamente, comparando-as a algum padrão absoluto.


Tomás de Aquino acredita que esse padrão não pode ser meramente “ideal” ou “hipotético”, e assim essa gradação só é possível se houver algum ser que tenha essa qualidade em grau “máximo”: “para que haja algo mais verdadeiro, algo melhor , algo mais nobre e, conseqüentemente, algo que é o ser supremo; pois aquelas coisas que são maiores em verdade são maiores em ser.


Aquino prossegue afirmando que esse ser que fornece o padrão é também a causa ou explicação da existência dessas qualidades, e tal causa deve ser Deus. Obviamente, esse argumento se baseia profundamente em suposições platônicas e aristotélicas que não são mais amplamente aceitas pelos filósofos. Para que o argumento seja plausível hoje, tais suposições teriam que ser defendidas, ou então o argumento reformulado de uma maneira que o libertasse de seu lar metafísico original.


Provavelmente, as versões mais influentes do argumento moral para a crença em Deus podem ser atribuídas a Kant (1788 [1956]), que notoriamente argumentou que os argumentos teóricos para a existência de Deus não tiveram sucesso, mas apresentou um argumento racional para a crença em Deus como um “ postulado da razão prática”.


Kant sustentava que um ser racional e moral deve necessariamente desejar “o bem supremo”, que consiste em um mundo no qual as pessoas são moralmente boas e felizes, e no qual a virtude moral é a condição para a felicidade.


A última condição implica que esse fim deve ser buscado unicamente pela ação moral. No entanto, Kant sustentou que uma pessoa não pode racionalmente desejar tal fim sem acreditar que as ações morais podem alcançar com sucesso tal fim, e isso requer uma crença de que a estrutura causal da natureza conduz à realização deste fim por meios morais. Isso é equivalente à crença em Deus, um ser moral que é, em última análise, responsável pelo caráter do mundo natural.


Os argumentos morais teóricos para a existência de Deus podem ser entendidos como variações do seguinte modelo:


  • Existem fatos morais objetivos.

  • Deus fornece a melhor explicação da existência de fatos morais objetivos.

  • Portanto, (provavelmente) Deus existe.


Como veremos, há uma variedade de características da moralidade que podem ser apeladas nos primeiros passos dos argumentos, bem como uma variedade de maneiras pelas quais Deus pode ser pensado para fornecer uma explicação dessas características nos segundos passos. . O uso da expressão um tanto vaga “fatos morais objetivos” destina-se a permitir essa variedade. Ambos os tipos de premissas são obviamente passíveis de contestação. Por exemplo, a primeira premissa de tal argumento pode ser desafiada por visões metaéticas populares que veem a moralidade como “subjetiva” ou “expressiva”, em vez de algo que consiste em fatos objetivos, e também por céticos morais. A segunda premissa pode ser contestada com base em explicações rivais das características da moralidade, explicações que não requerem Deus. Argumentos sobre a segunda premissa, então, podem exigir uma comparação entre as explicações teístas da moralidade e essas visões rivais.


É fácil ver então que o proponente de um argumento moral tem uma tarefa complexa: ele deve defender a realidade e a objetividade da característica da moralidade apelada, mas também defender a afirmação de que essa característica pode ser melhor explicada por Deus. A segunda parte da tarefa pode exigir não apenas demonstrar os pontos fortes de uma explicação teísta, mas também apontar fraquezas em explicações seculares rivais. Ambas as partes da tarefa são essenciais, mas vale a pena notar que os dois componentes não podem ser realizados simultaneamente. O teísta deve defender a realidade da moralidade contra os críticos subjetivistas e niilistas. Assumindo que essa tarefa foi realizada, o teísta deve então tentar mostrar que a moralidade assim compreendida requer uma explicação teísta.


Vou fazer esta proclamação simples de perceber, cada um de nos possui o conceito embutido em nos de "bem ou mal" ,"correto ou incorreto" ou "justo ou injusto" - contudo se a moralidade existe em si mesmo como um padrão cultural e logo subjetiva - com que base é possível julgar de um ato como sendo bom ou mau? Criminoso ou inocente?


"Se houvesse um Deus, Ele não me deixaria sentir do jeito que sinto. Não existe Deus, apenas ódio" - Kip Kinkle

A citação acima vem diretamente de um assassino em serie de 15 anos; sem duvida a historia deste jovem a tal fim negro deve mostrar luz a como ele chegou a realizar tal atos - contudo podemos facilmente provar que o argumento dele esta errado.


Todos nos experimentamos em algum momento o sentimento de amor, e contudo segunda a logica que apresento sabemos que existe amores de intensidade de amor (pais,filhos,casamento etc) contudo se damos vários níveis ao sentimento de amor - devemos assumir que existe a expressão máxima de Amor - que vem de Deus.


Agora Kid Kinkle fez exatamente o contrario, ele segui-o a "presunção de ateísmo" que debatei em Parte 1 desta serie, Kik Kinkle achou mais seguro presumir a não existência de "Amor" porque via não a existência de uma prova fundamental de sua existência.


Do mesmo modo, a "presunção de ateísmo" de Kid Kinkle como ele achou mais seguro presumir a não existência de Deus e do mesmo podo presumiu mais seguro a presunção de não existência de amor - resultou em evidentes consequências morais nele e suas vitimas.


“Em 1975, no entanto, conheci alguns caras em uma festa que estavam, como descobri mais tarde, fortemente envolvidos com o ocultismo. Sempre fui fascinado por feitiçaria, satanismo e coisas ocultas desde criança. Quando eu era criança, assisti a inúmeros filmes de terror e satânicos, um dos quais era O Bebê de Rosemary. Esse filme em particular cativou totalmente minha mente.” — David Berkowitz, Assassino em serie

Se a existência de uma referencia máxima para tudo que é bom e nobre representa uma carga moral enorme, a personificação exatamente do contrario tal possui tal peso. Da mesma maneira que a escuridão é a falta da presença de Luz, Odio é a falta de presença de Amor, O silencio e a falta de som - igualmente tudo que é mau é o resultado da não presença de Deus.


Olho para trás apenas com arrependimento. Eu apenas -- neste momento eu tinha feito um pacto com o diabo, eu tinha permitido que essa coisa satânica me controlasse, e eu senti esses poderes paranormais. Eu sei que isso soa tão difícil de entender, você sabe, pouco isso é... isso é o que estava acontecendo, e eu me senti de alguma forma invencível. Eu senti que tinha esse poder e, sem que eu soubesse, estava sendo lentamente conduzido por um caminho de destruição...” — David Berkowitz, Assassino em serie

Do mesmo modo se moralidade é subjetiva e não conectada um exemplo máximo de moralidade, logo arrependimento e consciência deveriam ser não existentes - visto que não existiria nenhum padrão estabelecido para determinar o que seria uma transgressão desse padrão.


Agora o interessante é que o mesmo Assassino em Serie Dacid Berkowitz que matou 6 pessoas, encontrou a Fé em Cristo durante seu tempo na prisão, alem de ter encontrado algo que é desejável um arrependimento verdadeiro - este homem não desejou em momento nenhum sair da prisão apos sua conversão mas atestou querer ficar na prisão pois considerava ser onde merecer estar por seus crimes.


Aprendi que Deus tem me mostrado para perdoar a mim mesmo, porque é na Bíblia que Deus – no Antigo Testamento e no Novo – que Deus perdoa os pecados daqueles que vêm a ele pela fé em Cristo. E eu fiz isso. E sinto que Deus me perdoou completamente e me ensinou a me perdoar. Sabe, ele permitiu que minha mente fosse curada. E tem sido um longo processo. Eu sou um crente agora em Jesus à 12 anos.” — David Berkowitz,

A questão é que separando moralidade de Deus, de uma moralidade excelente e absoluta e constante para algo que é subjetivo e construído dentro da cultura de respetiva sociedade - o interesse de buscar uma moralidade boa torna-se inútil. Pois não existe maior razão para o altruísmo do que procurar o que é excelente e não o que é condicional a vontade própria.


Eu sou provavelmente a pessoa mais solitária do mundo porque não tenho nada que me importe. E eu não posso fazer amigos para ter qualquer tipo de relacionamento ou... então eu perdi tudo. Eu perdi tudo que eu sempre cuidei. Tudo que eu sempre quis. Está no vaso sanitário. Como não há amor em minha vida, devo ter algo para substituí-lo, então o substituí por ódio.” — Richard Kuklinski, Assassino contratado da Mafia Italiana

E este é o problema de moralidade subjetiva humana baseada em cultura variável, independente de quanto o homem possa procurar fazer para procurar conter o lado pecaminoso do ser humano - a falta de referencia absoluta na presunção ateísta deixara sempre o individuo a quem de objetivo concreto.


“Todos os seus policiais, juízes, advogados, guardas, médicos, Comissões Nacionais de Crime e escritores se uniram para descobrir e remediar a causa e o efeito do crime. Com todo esse conhecimento e poder em seu comando, eles não conseguiram nada, exceto piorar as condições em vez de melhorar.” -Carl Panzram, Assassino em Serie

E se achar que uma sociedade e filosofia ateísta pode atrair nada mais do que isto - uma moralidade subjetiva sem repreensão transformadora - então eu deixo exatamente as palavras de um assassino em serie que explica isto mesmo. Agora o argumento contra pode ser, religião nunca aperfeiçou ninguem, mas mais uma vez religião é igualmente instaurada por homens num contexto de decreto divino e não numa relação individual com a divindade de adoração - por isso igualmente religião vazia de relação sera tão eficaz na definição de uma moralidade absoluta do mesmo modo que o codigo civil o faria.


“Se uma pessoa não acha que há um Deus a quem prestar contas, então, qual é o sentido de tentar modificar seu comportamento para mantê-lo dentro de limites aceitáveis? Foi assim que eu pensei de qualquer maneira. Sempre acreditei na teoria da evolução como verdade, que todos nós viemos do lodo. Quando nós, quando morremos, você sabe, foi isso, não há nada ...” — Jeffrey Dahmer




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